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O TRIUNFO

 

                                     O TEMPO DO REINO
 
 
      É nesta Terra limpa de joio, ceifada pelos Anjos, que se afirmará o Reino de Deus. A profecia assinala: "Então far-se-á a paz, a reconciliaçao de Deus com os homens". Eis, pois, a Verdadeira Paz: a harmonia com Deus, a amizade de Deus para com o pequeno resto e a adoração e o amor do pequeno  resto para com Deus. Não admira, portanto, que se diga para esse tempo: "Cristo será servido, adorado e glorificado. A caridade florescerá por toda a parte" (20).
      Deus renovará com estes sobreviventes das Nações a Aliança, porque eles são aqueles que passaram através
 da desolação da Iniquidade e perseveraram até à Terra Prometida, fazendo uma enérgica caminhada espiritual sob a doce e firme chefia do Condestável dado por Deus: A Imaculada. 
       Este Reino é o Triunfo do Coração  Imaculado de Maria, tão falado entre os católicos marianos. Esse triunfo prometido chegará inexoravelmente através da purificação do Mundo, através da intervenção de Deus na história,e o novo mundo será muito diferente. É um mundo feito à volta de Cristo, um mundo que testemunhou a força do Seu Braço, e que regressa à instituição monárquica. Veja-se que a profecia diz textualmente que "os novos reis serão o braço direito da Santa Igreja, que será forte , humilde e piedosa, pobre, zelosa e imitadora das virtudes de Jesus Cristo" (20).
        Ou seja, reafirma-se um tempo profundamente cristão, simples e verdadeiro, com uma Igreja de Luz, segura da sua missão e particularmente gloriosa. As Repúblicas maçónicas darao lugar às Monarquias e à legitimidade tradicional; povos; povos e reis servirão o Rei dos Reis. O restabelecimento das hierarquias verdadeiras não é mais  que recriar a Ordem ferida pelo maligno, já antes de ter sido desencadeado.
        O tempo do Reino é um tempo feliz em que os homens voltarão talvez á agriculturan e em que o progredirão no conhecimento de Deus, realizando a unidade e pregando o Evangelho. O Temor de Deus, dom do Espírito Santo, estará no coração das novas sociedades e elas serão justas e pacíficas. É isso que assegura a parte final do parágrafo 20.
        Como se compreende agora tão bem aquela frase de Nossa Senhora em Fátima:"Por fim, o meu Imaculado Coraçao triunfará e será dado ao mundo algum tempo de paz". A Mãe triunfará e o seu Coração Imaculado e Doloroso é a porta para a vinda do Filho e do Seu reino de Paz e de Justiça. Maria não triunfa desapercebidamente, no lodo e no pântano, no reino da podridão, da injustiça, da iniquidade e da infiltração. Maria, aí, resiste e defende o que ainda pode ser defendido através do seu calcanhar.* Entretanto, pede oração e penitência, a consagração ao seu Coração e espera a sua hora que o Pai já lhe concedeu. Ela triunfará nesse momento em que Deus manifestará o Seu Poder e a Sua Glória à humanidade depravada, e com Ela, rm união de Corações, triunfará também esse humilde calcanhar que a Serpente tentou morder: esse pequeno resto de homens, os seus filhos mais pequeninos. E a esses, no Rein, será dado algum tempo de paz.
        Um tempo de Paz Verdadeira, paz de Deus e não falsa paz de arranjo políticos. Jesus Cristo será Rei desta humanidade e o salmo já o cantou: «Sião, o teu Deus é Rei!». O Reino do Senhor que se pede na oração do Pai Nosso virá e a Grande Paz terá um nome - Jesus, Príncipe da Paz.
        A iniquidade, nesta tentativa de domínio do Mundo, será descoberta e derrotada por Maria. Os homens, sem preceberem o tempo, arrastados para o mal e peerecerão em grande quantidade. É uma geração de matadouro que não percebe o combate que se faz por cima das suas cabeças, nem o tempo que lhe foi dado para viver, lutar e morrer. Como se viu, uns quantos milhões de homens atravessarão esse deserto. Muitos, por misericórdia divina, pelas orações dos verdadeiros crentes; outros, pela graça de Deus, que os quis associar ao «grande combate» e ao triunfo de Maria no Reino de Cristo. A estes, a Fé foi a luz que os guiou, alimentaram-se, como diz S. Luis de Monfort, do leite de Maria e seguiram-na até ao fim, frustrando a desordenada ambição da Serpente Antiga, a primeira iniquidade engendrada pela Besta.                     
       
*Desse calcanhar escreveu S. Luis Maria: «Mas o poder de Maria sobre todos os demonios brilhará particularmente nos últimos tempos, em que Satanás armará ciladas contra o seu calcanhar, ou seja, contra os humildes escravos e pobres filhos que Ela suscitará, para lhe fazer a guerra». (Tratado, pag.36)
 
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